A Fome

Ter fome, sentir fome e passar fome. Algumas pessoas tem fome, por algum motivo. Atrasou para o horário de almoço ou jantar, preso no trânsito ou teve que ficar mais tempo no trabalho. Saiu em jejum e sentiu fome logo após e se apressa para chegar em casa, ou ao restaurante e algum outro lugar onde se possa fazer um lanche. Sente-se satisfeito e reanimado, após passar os efeitos que causa a fome. É a fome passageira. Outro tipo de fome é aquela que, o sujeito tem na mão o que comer e espera o sinal da sensação de que falta alguma coisa para seu bem estar, Come o que tem e a sensação logo passa! É a fome com a esperança em mãos! Quão bom é ter fome e ter o que comer. Sentir fome e saber que ao chegar em casa vai poder se saciar. Passar fome é diferente, é saber que sente, tem a fome, mas não tem o que comer. A fome neste caso maltrata, parece um golpe no estomago, deixa a visão e os sentidos falharem, a sensação de desesperança toma conta e causa apatia, confusão mental e em muitos o desespero por algo para comer, leva o sujeito a cometer erros que podem ser irreparáveis, como; Roubar para comer. Um ato que desaprova, desonra, que leva as frustrações futuras, tão logo passe a fome depois que comeu. Então vem o arrependimento pelo ato impensado no momento em que o raciocínio não se fazia presente em razão do mal estar causado pela fome. A autora e escritora Carolina Maria de Jesus escreveu em seu livro: “A Fome é um soco no estomago.”; “A cor da fome é amarela.”; ‘’A tontura da fome é pior que a do álcool, porque a do álcool faz cantar.”; ‘’Quando a gente tem pão, a gente come. Quando não tem, a gente chora’’. Ela escreveu o que viveu, o que passou! Eu acredito que passar fome, é pior que passar frio, pois até mesmo alguns folhas de jornais ou papelão podem aquecer o corpo, mas não aquece o estômago frio por falta do que comer. Há alguns que pensam em enganar a fome e ingerem uma aguardente barata, daquelas que faz dormir. E enquanto engana a fome, não sente que o álcool lhe corrói o estomago e outros órgãos, causando danos também a consciência. E ao acordar, percebe que fome continua a castigar. E muitas vezes o sujeito sai para mendigar, num caminho seu rumo... É a fome sem esperança! Eu penso que a fome existe e é persistente, porquê existe também a desigualdade social!

Maria-Paiva Por Maria Ap. de Paiva

 

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