O limite entre sonhar e ter planejamentos mirabolantes é o sentido dado às escolhas. Sonhar é somente ter um ponto como meta a ser conquistada e alcançada nas nossas lutas diárias. O planejamento mirabolante é aquele sem lucidez na conclusão, um mero devaneio que não condiz com o percurso da vida. Porém, essas facetas são eternas e fazem parte da dualidade de nós sujeitos.
Nossos sonhos não podem ser medidos nem calculados. Sonhamos desde nossa infância, primeiro com o brinquedo desejado, depois com a profissão escolhida e assim por diante. Sonhar e criar metas é a busca dos desejos mais simples e possíveis de ser realizados. O que foge do palpável é aquilo que devemos evitar, pois gasta uma boa parte do nosso tempo e das nossas expectativas.
O simples não é a mesmice e a nossa comodidade. É respeitar as fases da vida sem pular nenhuma delas, já que em cada uma temos experiências que incrementam nossas relações. Assim como não é possível ser professor sem passar por todo o processo educacional necessário, o mesmo acontece com as outras experiências. O mirabolante é, então, querer chegar ao ponto final sem percorrer o caminho. Devemos buscar sempre o luxo da simplicidade momentânea.
Por Artur Gueanori